Área: cinco razões para não nos limitar-mos

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“Já estás a trabalhar na tua área?”

Todos os dias ouvia esta pergunta. Logo eu, que nunca quis apenas uma dinâmica para mim.

Ainda hoje, passados alguns anos, ouço isto. Agora, já é raro, porque habituei as pessoas a olhar para mim como alguém que gosta de ter várias competências e tocar vários domínios do conhecimento.

Definir apenas uma área de trabalho dá origem a coisas nefastas.

Cinco razões para não nos limitar-mos

Primeiro, potencia o desemprego. Numa altura em que os licenciados se multiplicam e as oportunidades de emprego são limitadas, haverá quem fique de fora. Persistir na ideia de só trabalhar na sua área, seja lá o que isso for, é limitar-se.

Segundo, limita a visão. Sempre trabalhei de perto com advogados, enfermeiros, engenheiros, médicos, professores… Em qualquer profissão que escolham, mesmo fora destas, há competentes e incompetentes. Mais, há inteligentes e estúpidos. Sim, há quem seja muito estudioso sem ser muito inteligente. Se preciso fosse, conseguiria provar-vos isso, com todos os factos que isso inclui. Ou seja, há que abrir os horizontes.

Terceiro, o tempo é limitado. A vida não será curta de mais para pensarmos em fazer apenas uma só coisa, sempre?

Quarto, a diminuição de oportunidades. Se te limitares a uma área, a uma visão, as oportunidades serão apenas nesse sentido. Imagina o que poderias fazer em vários sentidos! Desde que sejamos claros, saibamos o que queremos e não ficarmos à deriva podemos ter várias opções e trabalhar nelas seriamente.

Quinto, a diminuição da cultura geral. Acredito seriamente que estar com alguém culto, com quem se pode partilhar uma deliciosa e estimulante conversa, é das melhores coisas da vida. Os mais cultos não falam apenas sobre um tema. Não são quadrados, não impõem a sua opinião e, acima de tudo, gostam de partilhar e aprender sobre o que quer que seja.

A eterna limitação do potencial

Seria bom que este tema acabasse aqui, mas não tenho ilusões. Sei apenas que quem se confina a uma área está a limitar o seu potencial e a deixar de fora a maior parte das estações, paragens, apeadeiros e pistas de aterragem que a vida nos dá. Por outro lado, as oportunidades multiplicam-se nestes locais para aqueles que sabem que há sempre um destino, mas o que conta é a viagem.