Porquê Pista de Aterragem?

Cabo Verde, Sal 2016

O meu percurso tem sido frequentemente alterado de acordo com as oportunidades que surgem. No fundo, a vida é uma viagem.
Apesar de todos sabermos que a vida tem um só destino final (que tema agradável para se abordar logo no início dum texto…), o que conta é a viagem, o percurso que fazemos e aquilo em que aplicamos o nosso tempo e os nossos recursos.
Além disto, as mudanças que me trouxeram até aqui deixaram-me com um contacto muito mais assíduo com aeroportos e aviões. Ah! E pistas de aterragem, obviamente.

Primeiro, porque o trabalho era tão avassalador que um período de férias mudou a minha vida. Percebe-se pela foto, não?
Mais tarde, uma oportunidade levou-me à obrigação (que pena!) de voar várias vezes por mês, numa analogia perfeita daquilo que a vida é para todos: um constante voo desconhecido.
Cada passo que damos, cada opção que tomamos e cada um dos dias diferentes que vivemos é um trajecto rumo àquilo que determinamos para nós, mas também uma parte da viagem que somos.

Aterrar, depois dum voo, é atingir aquilo que queremos. É estar onde queremos estar. Porém, sabemos que, em breve, haverá um novo destino, um novo caminho a percorrer, parte daquela viagem maior em que vamos passando o nosso tempo.
Às vezes tudo muda. A vida dá voltas e piruetas, mas acaba sempre por nos levar a algum lado. Isso, por si só, nunca mudará.
É durante o percurso que devemos olhar a janela, observar a paisagem, tirar fotografias, escrever palavras, viver como queremos e escolher o que gostamos. Temos de aproveitar ao máximo porque há sempre um destino, mas o que conta é a viagem!