Uma venda também é uma viagem

Ir ao encontro das necessidades e desejos do outro é algo meritório. Traz resultados a nível relacional, comercial e, provavelmente, a todos os níveis que vos pudesse enumerar. Contudo, há um facto que exclui: a nossa paixão.

Se a nossa paixão for o lucro, aí não teremos problemas em vender qualquer produto, mas a eficiência será sempre menor do que se procedermos segundo a nossa paixão, tendo como base sólida uma emoção subjacente.

As vendas são trocas ou intercâmbios, exactamente como quaisquer outros que façamos. No fim, a satisfação de ambos os lados é o único sinal duma transacção digna desse nome.

Qualquer venda concretizada sem a preocupação da satisfação mútua será sempre um beco sem saída. Não é isso que se deseja numa relação, seja ela de que tipo for.

Nos negócios como no amor

Seja uma relação amorosa, comercial ou institucional, não é apenas no seu final que se avalia a condição em que se encontram os vários elementos envolvidos. É durante a relação que se percebe isso, que se deve fazer exigências sérias e tomar acções necessárias para que o equilíbrio dinâmico dum amor, duma amizade ou duma venda seja mantido. Nada é definitivo e será sempre impossível agradar a todos, mas isso faz-se num processo contínuo e não num momento espartilhado.

Se assim tivermos a capacidade de proceder continuaremos a ser amados, respeitados ou lucrativos. Acima de tudo, basta não esquecer que um beco sem saída é um fim, um destino, e nós preferimos um caminho frutífero. Porque fins e limites todos temos e sabemos que há sempre um destino, mas o que conta é a viagem.